Procedimentos técnicos para cultivo em agricultura orgânica

APASC Foto Chris Pellet (32)_PROCEDIMENTOS TÉCNICOS PARA CULTIVO EM AGRICULTURA ORGÂNICA

 

         MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO E DA ÁGUA

 

. Uso de implementos que não invertam a camada arável e não pulverizem excessivamente o solo;

. Cultivo mínimo e plantio direto (sem herbicidas);

. Adubação orgânica (esterco e compostos) e Adubação verde;

. Manejo dos restos culturais e resteva, incorporando ou deixando a matéria orgânica na superfície;

. Utilização de bosques com quebra vento;

. Máquinas e implementos agrícolas leves e médios que evitem compactação do  solo; tração animal;

. Diversificação da exploração agrícola, rotação e consorciação de culturas;

. Reflorestamento e proteção de mananciais;

. Propriedades distantes de fontes poluidoras de água, solo e ar;

. Propriedades sem histórico de produtos químicos persistentes no ambiente;

. Não há restrição à práticas de irrigação e drenagem, desde que feitas corretamente e com água de boa qualidade;

 

MANEJO DA CULTURA

 

. Espécies e variedades de plantas adaptadas às condições ambientais locais;

. Espécies rústicas e variedades resistentes à pragas e mais competitivas com as ervas;

. Sementes e mudas produzidas organicamente;

 

            NUTRIÇÃO VEGETAL    

 

. Esterco de animais, produzidos localmente ou de granjas orgânicas, preferentemente compostados com restos vegetais, restos de culturas e restos de alimentos;

. Chorume e estercos líquidos curtidos procedentes de estabelecimentos orgânicos; cinzas vegetais, biofertilizantes de biodigestores “desde que não contaminados”; húmus de minhoca; serragem (desde que sem tratamento químico);

. Fosfatos naturais e semi-solubilizados, farinha de ossos, termofosfatos, escórias e outras fontes de baixa solubilidade;

. Rochas minerais moídas como fonte de cálcio, magnésio, fósforo, potássio e micronutrientes (sempre  de baixa solubilidade);

. Adubos verdes de leguminosas, gramíneas e outras plantas;

 

                        MANEJO DE PRAGAS E DOENÇAS

 

. Diversificação dos sistemas produtivos (evitar monocultura);

. Observação das recomendações de manejo de solo e água;

. Utilização de variedades adequadas à região e variedades resistentes; sementes e mudas isentas de pragas e doenças;

. Manejo da cultura utilizando rotação, consorciação; cultivo em faixas, plantio antecipado ou retardado; plantas repelentes ou companheiras; preservação de refúgios naturais (matas, capoeira; cerca viva, etc.);

. Manejo biológico de pragas por meio de técnicas que permitam o aumento da população de inimigos naturais ou a introdução dessa população reproduzida em laboratório;

. Métodos físicos e mecânicos como o emprego de armadilhas luminosas, barreiras e armadilhas mecânicas, coleta manual, adesivos, proteção da produção (ensacar frutos) em campo e uso de processos físicos como o som, calor e frio;

. Cultivo em casa de vegetação para plantas muito suscetíveis à pragas.

 

            MANEJO DE PLANTAS INVASORAS

 

. Uso de práticas que coloquem as culturas à frente das invasoras: plantio na época recomendada; Adubação verde, rotação e consorciação de culturas; evitar ressemeadura de invasoras após colheita da cultura;

. Uso de cobertura morta, viva e plantas supressoras de invasoras;

. Adoção de práticas mecânicas recomendadas (arações superficiais, roçadas, capinas manuais, cultivador, etc.);

. Uso de sementes comprovadamente isentas de sementes de invasoras;

. Controle biológico ou uso de produtos naturais;

 

           

 

            COLHEITA, ARMAZENAMENTO, TRANSPORTE E COMERCIALIZAÇÃO

 

. Colheita na época exata de maturação e sob condições climáticas favoráveis;

. Secagem de alimentos e forragens em níveis adequados de umidade;

. Limpeza e higiene absoluta dos depósitos, armazéns e veículos de transporte;

. Manutenção de alimentos perecíveis em baixa temperatura no armazenamento, transporte e distribuição;

. Redução de organismos que causam podridão por tratamentos térmicos (vapor d’água, etc);

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