PROCEDIMENTOS TÉCNICOS PARA CULTIVO EM AGRICULTURA ORGÂNICA
MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO E DA ÁGUA
. Uso de implementos que não invertam a camada arável e não pulverizem excessivamente o solo;
. Cultivo mínimo e plantio direto (sem herbicidas);
. Adubação orgânica (esterco e compostos) e Adubação verde;
. Manejo dos restos culturais e resteva, incorporando ou deixando a matéria orgânica na superfície;
. Utilização de bosques com quebra vento;
. Máquinas e implementos agrícolas leves e médios que evitem compactação do solo; tração animal;
. Diversificação da exploração agrícola, rotação e consorciação de culturas;
. Reflorestamento e proteção de mananciais;
. Propriedades distantes de fontes poluidoras de água, solo e ar;
. Propriedades sem histórico de produtos químicos persistentes no ambiente;
. Não há restrição à práticas de irrigação e drenagem, desde que feitas corretamente e com água de boa qualidade;
MANEJO DA CULTURA
. Espécies e variedades de plantas adaptadas às condições ambientais locais;
. Espécies rústicas e variedades resistentes à pragas e mais competitivas com as ervas;
. Sementes e mudas produzidas organicamente;
NUTRIÇÃO VEGETAL
. Esterco de animais, produzidos localmente ou de granjas orgânicas, preferentemente compostados com restos vegetais, restos de culturas e restos de alimentos;
. Chorume e estercos líquidos curtidos procedentes de estabelecimentos orgânicos; cinzas vegetais, biofertilizantes de biodigestores “desde que não contaminados”; húmus de minhoca; serragem (desde que sem tratamento químico);
. Fosfatos naturais e semi-solubilizados, farinha de ossos, termofosfatos, escórias e outras fontes de baixa solubilidade;
. Rochas minerais moídas como fonte de cálcio, magnésio, fósforo, potássio e micronutrientes (sempre de baixa solubilidade);
. Adubos verdes de leguminosas, gramíneas e outras plantas;
MANEJO DE PRAGAS E DOENÇAS
. Diversificação dos sistemas produtivos (evitar monocultura);
. Observação das recomendações de manejo de solo e água;
. Utilização de variedades adequadas à região e variedades resistentes; sementes e mudas isentas de pragas e doenças;
. Manejo da cultura utilizando rotação, consorciação; cultivo em faixas, plantio antecipado ou retardado; plantas repelentes ou companheiras; preservação de refúgios naturais (matas, capoeira; cerca viva, etc.);
. Manejo biológico de pragas por meio de técnicas que permitam o aumento da população de inimigos naturais ou a introdução dessa população reproduzida em laboratório;
. Métodos físicos e mecânicos como o emprego de armadilhas luminosas, barreiras e armadilhas mecânicas, coleta manual, adesivos, proteção da produção (ensacar frutos) em campo e uso de processos físicos como o som, calor e frio;
. Cultivo em casa de vegetação para plantas muito suscetíveis à pragas.
MANEJO DE PLANTAS INVASORAS
. Uso de práticas que coloquem as culturas à frente das invasoras: plantio na época recomendada; Adubação verde, rotação e consorciação de culturas; evitar ressemeadura de invasoras após colheita da cultura;
. Uso de cobertura morta, viva e plantas supressoras de invasoras;
. Adoção de práticas mecânicas recomendadas (arações superficiais, roçadas, capinas manuais, cultivador, etc.);
. Uso de sementes comprovadamente isentas de sementes de invasoras;
. Controle biológico ou uso de produtos naturais;
COLHEITA, ARMAZENAMENTO, TRANSPORTE E COMERCIALIZAÇÃO
. Colheita na época exata de maturação e sob condições climáticas favoráveis;
. Secagem de alimentos e forragens em níveis adequados de umidade;
. Limpeza e higiene absoluta dos depósitos, armazéns e veículos de transporte;
. Manutenção de alimentos perecíveis em baixa temperatura no armazenamento, transporte e distribuição;
. Redução de organismos que causam podridão por tratamentos térmicos (vapor d’água, etc);